Orelhão
Em algumas partes do mundo, a difusão do uso de telefones celulares fez que as cabines públicas ficassem quase abandonadas. Não no Brasil e, provavelmente, em muitos países de grande população pobre. O telefone celular pré-pago é muito usado para receber telefonemas. A discagem se faz nos telefones públicos, os orelhões, que as empresas privadas são obrigadas a manter nas ruas das cidades ou em localidades rurais com mais de cem habitantes.
O projeto da designer Chu Ming – o orelhão –, datado de 1971, ainda é a cabine de telefonia mais difundida em todo o Brasil. Quando os sistemas telefônicos brasileiros foram privatizados, chegou-se a suspeitar que ele fosse substituído por novas formas, mas em geral, as carcaças ovóides de fibra de vidro foram apenas pintadas nas cores das companhias privadas. São 1, 1 milhão de orelhões em todo o Brasil.
Não está na hora de rever esse equipamento? As companhias privadas se queixam do vandalismo: muitas cabines são quebradas todos os meses. Esse já não seria um bom argumento para propor novas cabines, com melhor proteção acústica, talvez transparentes – o que inibiria o quebra-quebra?
|
|