Ano: I Número: 1
ISSN: 1983-005X
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Artesanato moderno
Júlio Roberto Katinsky

 

 Se definirmos "artesanato" como modos de produção de bens que se diferenciam do modo padrão de produção de bens de nossa sociedade, isto é, a indústria maquinizada e automatizada, veremos que ele cobre uma infinidade de campos da atividade humana.

Entretanto, como o artesanato não produz, a não ser em "regiões pobres", bens essenciais para a sobrevivência e, como nos países mais "desenvolvidos" o volume de negócios relativo a essa produção não só raramente é contabilizado — e mesmo quando contabilizado é modesto, face à "contabilidade geral" da grande indústria moderna — só raramente os economistas têm se ocupado em estudar cientificamente esse fenômeno da produção. Seu estudo tem sido feito por historiadores da arte, sociólogos, antropólogos, educadores e historiadores de um modo geral.

Se bem que qualquer pessoa em nossa sociedade possa conhecer e até praticar alguma modalidade de artesanato, grandes divergências de compreensão se estabelecem quando se pretende propor uma interpretação global que apreenda não só a situação atual, como seu passado (sua origem) e seu futuro, isto é, seu desenvolvimento.

Está muito difundida a crença de que o artesanato é uma atividade marginal e em processo de desaparecimento, pois sendo uma mera sobrevivência de modos de produção pré-industrial, obrigatoriamente será substituído pela grande indústria moderna, na medida mesma em que esta se instala.

Daí também a crença de que o artesanato será tanto mais "vivo" e mais difundido quanto as populações que dele se servem forem "atrasadas" em relação aos modernos processos produtivos.

Essa concepção leva, de um lado, à atitude da caça ao "pitoresco" ou "exótico". tão comum nos turistas que transformam objetos de uso em elementos de "decoração" das habitações dos grandes centros urbanos; por outro lado, leva também a campanhas de "proteção" a comunidades geralmente desprovidas dos recursos mínimos da sociedade moderna, tentando organizar "cooperativas" e locais estratégicos — nos grandes centros — para uma "correta" comercialização, em que os artesãos não sejam explorados por "intermediários".

Ainda que essas iniciativas sejam vincadas por legítimos sentimentos de solidariedade e por um real empenho cultural, elas me parecem insuficientes, pois não apresentam qualquer perspectiva desejável para o futuro. Limitam-se a conservar as atividades existentes, principalmente aquelas mais marcadamente tradicionais (cerâmica, tecidos, rendados etc).

Parece-me mais esclarecedor, para entendermos o fenômeno do artesanato moderno. partirmos da nossa noção de indústria moderna, e por oposição, tudo aquilo que não se enquadrar nessa noção será considerado e descrito na categoria artesanato. Ver-se-á assim, que a noção corrente de artesanato e as atividades a ela correlatas não passam de um caso particular, sendo o fenômeno muito mais amplo e promissor do que inicialmente parecia.

Entendemos por indústria moderna a organização de equipamentos e atividades humanas onde a produção de bens se dá por cadeias de operações normalizadas e rigorosamente sucessivas, controladas quanto ao dispêndio de tempo e energia. Essas operações são permanentemente analisadas para, sempre que possível, fracioná-las em operações o mais simples possíveis, de maneira a atingir um objetivo sempre perseguido: substituir operadores humanos por máquinas, tanto mais aperfeiçoadas quanto puderem dispensar mesmo um mero controle pessoal; isto é, máquinas automatizadas ou, em outras palavras, máquinas que tenham o seu programa de trabalho inserido no próprio corpo da máquina, com mecanismos autocorretores que absorvam variações das condições de seu próprio funcionamento. Pode-se dizer que o objetivo da indústria moderna é produzir bens em grandes conjuntos automáticos em que a intervenção humana seja eliminada: a "máquina" sempre substitui o "homem" Objetivo este plenamente atingido em determinados ramos da produção: processamento de matérias-primas, produção de energia etc.

Em contrapartida, podemos definir o artesanato, qualquer que ele seja, como um modo de produção onde:

a) o uso de máquinas está sempre subordinado ao operador;
b) o número de operadores é relativamente pequeno mas, de qualquer modo, cada operador domina integralmente todas as operações necessárias para obter o bem proposto;
c) investimento em material e instrumentos é modesto em relação à qualificação do operador.

Estas três características se opõem a características simétricas da grande indústria moderna e podem ser apresentadas da seguinte maneira:

a) não é verdade que o artesanato atual não use máquinas. O que sucede é que as máquinas utilizadas não são usadas para economizar tempo ou mão-de-obra (como na grande indústria) mas tão somente para comodidade do operador;
b) a segunda característica acentua de maneira indiscutível a oposição do artesanato à tendência constante da indústria moderna: aqui os bens sempre sofrem uma divisão de operações cada vez mais acentuada, acontecendo não serem certas operações realizadas no mesmo recinto. Os operadores raramente precisam saber como o produto chegou até eles, e que adições ou transformações irá sofrer depois de passar por cada um deles.

Em contraposição, o artesanato se organiza sempre pelo oposto: cada operador deve dominar integralmente todas as etapas que se pode discernir na produção de um bem qualquer.

Aqui também, a divisão de trabalho, quando se estabelece, faz-se para benefício exclusivo do operador principal e a divisão de "tarefas" se faz de qualquer modo por blocos de operações e quase nunca por operações simples.

c) A terceira característica é descrita pelo par de oposições familiar aos economistas: a indústria moderna é capital-intensiva. O artesanato é "mão-de-obra intensivo".

Classificação dos artesanatos

O artesanato moderno pode ser definido pelo tipo de objeto que produz e pelos materiais empregados no produto. As classificações correntes procuram combinar as duas: por exemplo, são dois artesanatos diferentes, bolsas de palha ou ráfia e bolsas de couro.

Entretanto, dada a multiplicidade de materiais que a indústria e mercados modernos põem à disposição de qualquer pessoa, a classificação desse tipo jamais conseguiria enumerar todos os tipos possíveis.

Preferimos abandonar essa classificação empírica e corrente, para defini-los através de funções sociais.

Assim, distinguimos os seguintes tipos de artesanato:

l. Artesanato Científico

Consiste na execução, elaboração de instrumentos ou artifícios para pesquisa científica.

No passado, bastante raro, tende esse artesanato a se desenvolver à medida que a pesquisa científica se institucionaliza. São os "construtores de aparelhos para laboratórios" que executam aparelhos específicos para pesquisas científicas determinadas, principalmente física, química, matemática e demais "ciências da natureza".

A origem dessa atividade pode ser rastreada até as primeiras cidades, na Mesopotâmia e no Egito, onde a incidência maior se dava nos instrumentos e aparelhos astronômicos. Mas nunca se soube quem os fabricava. Nas civilizações clássicas, o artesanato científico teria atingido alto grau de perfeição (Solla Price), mais conhecidos, porém, por relatos deixados por contemporâneos que por evidências materiais. Há mesmo referências a um planetário atribuído a Arquimedes, constituído de uma esfera de vidro transparente no interior da qual, por um sistema de transmissões, podia-se movimentar pequenas esferas de bronze que reproduziam os movimentos do Sol, da Lua e das cinco "estrelas errantes" (os planetas) em torno da Terra, de acordo com a teoria astronômica de Eudoxo de Cnido.

Mas também nesse caso extremo não se conhece o nome do construtor. Os primeiros artesãos científicos a serem conhecidos são os Dondi, construtores de relógios, médicos de profissão, e que se notabilizaram nos finais do século XIV, na Itália. Mas, podemos dizer, foi um fenômeno particular ainda: não se conhece o nome do construtor da primeira máquina de calcular elaborada por Blaise Pascal. A máquina existe e está conservada em um museu da França. Mas nada se sabe sobre o seu construtor.

Podemos dizer que o primeiro país a valorizar os artesãos científicos foi a Inglaterra, já nos finais do século XVI quando aparece, cercado de todo o respeito, o nome de Robert Norman, segundo assinala Paolo Rossi:

"Robert Norman era um marinheiro inglês que, depois de passar quase vinte anos percorrendo os mares, havia se dedicado à construção e ao comércio de bússolas". Publica em 1581 um pequeno volume sobre o magnetismo e a declinação da agulha magnética. Este problema (declinação) será enfrentado e resolvido brilhantemente por Sir William Gilbert em sua obra " De magnete", citando o trabalho de Norman, onde o chama de "hábil marinheiro e engenhoso artesão". Também o Sr. Regis Cabral, em estudo recente, registra essa peculiar valorização de artesãos científicos por pane dos cientistas ingleses." Bevis deveu muito de seu sucesso aoconstrutor de instrumentos George Graham. Este foi bastante importante no desenvolvimento da astronomia, já era famoso quando se tornou membro do Conselho da Sociedade Real em 1722, um ano após ser eleito membro da sociedade. Sua fama resultou de haver construído, com Thomas Tompion, a primeira máquina para demonstrar o movimento dos corpos celestes através de engrenagens, isto é, um planetário mecânico, ao qual os ingleses chamaram de orrery".

Outro exemplo ocorre por ocasião da maior descoberta de 1720: a da aberração da luz para estrelas fixas por Bradley. O autor da descoberta reconheceu a importância de Graham: "Isto ocorreu devido principalmente ao nosso curioso membro, Sr. George Graham, ao qual os amantes da astronomia estão não pouco agradecidos devido a uma série de outros instrumentos exatos e bem construídos".

Nos séculos XIX e XX, com a intensificação das pesquisas científicas, esses artesãos se multiplicaram e diversificaram. Poderia parecer que o mundo luso-brasileiro nada tem a ver com esse artesanato científico, mas trata-se de um ledo engano. Ao contrário, uma das maiores figuras do século XVI, o vice-rei da Índia e almirante D. João de Castro, em seu tratado "Da Esfera", vangloria-se de ter inventado aparelho de precisão e tê-lo construído "pelas minhas próprias mãos".

Mas o manuscrito acima mencionado somente foi impresso pela primeira vez em 1940, por Fontoura da Costa. Contudo, a tradição de construção (e invenção) de aparelhos de medida de precisão deve ter permanecido na cultura portuguesa, mesmo sem nenhum relevo social, pois o primeiro construtor de aparelhos científicos no Brasil foi o português José Maria dos Reis. Este construiu os aparelhos inventados pelos cientistas do Observatório Imperial, durante o século passado, alguns deles recuperados pelo Museu de Astronomia e Ciência Afins, no Rio de Janeiro. Atualmente, vários construtores de aparelhos e instrumentos de pesquisa científica aparecem junto às universidades brasileiras, mas não merecem ainda a mesma consideração que gozam na Europa e Estados Unidos.

2. Artesanato Tecnológico

Consiste na execução de protótipos de produtos, ou de instrumentos de pesquisa especificamente tecnológica. É um artesanato extremamente desenvolvido nos países industrializados e, mesmo no Brasil, já aparece com alguma freqüência.

Podemos remontar o início do artesanato tecnológico pelo menos até os primeiros assentamentos humanos permanentes: são os "modelos", em escala, de construções; prática que os arquitetos, quando surgiram como categoria diferenciada de atividade, sempre conservaram ao longo de todas as culturas anteriores à nossa. Mas é na Florença do século XV que aparece a primeira "teoria" consistente sobre os modelos prévios a obras, encontrando-se registrada na obra de Alberti. Esse artesanato desenvolve-se continuamente e é peça essencial nos ateliers de projeto de novos produtos industriais, onde o regime de trabalho contrasta vivamente com aquele verificado nas linhas de produção. Também nos institutos de pesquisa tecnológica se constróem modelos com "teorias" extremamente sofisticadas. Os "produtores" destes modelos não são "operários" comuns, mas diferenciados.

3. Artesanato Artístico

São os modos de produção de objetos ou bens mais correntemente identificados como artesanato. De fato, quando se fala em artesanato, quase de imediato, se associa ou a gravador (seja em metal, madeira ou pedra), ou entalhador ou fundidor de bronze ou ceramista.

São modos de produção disseminados desde a Renascença, se bem que a partir da vanguarda européia dos anos 10 deste século muito se desenvolveram.

Pode-se dizer que a distinção maior entre um artista medieval e um artista contemporâneo é que este não só trabalha com a "expressão", mas com o próprio "meio de expressão". Isto quer dizer que se espera, consciente ou inconscientemente, do artista contemporâneo, atitudes inovadoras quanto a materiais e técnicas de sua "arte". Muitas "inovações" revelam-se, com o tempo, de escasso valor. Mas a sugestão permanece. Tomemos um artista paradigmático como Picasso; este não só é admirado por apresentar um novo conceito de espaço na pintura, mas por descobrir novos meios materiais para exprimir esse espaço, como são as "collages" (reunião de materiais insólitos em pintura, como pedaços de jornal, tachas, redes metálicas, etc.), ou os "ready made" de Duchamp Villon (reunião de elementos já acabados e prontos fornecidos pela indústria e cuja simples aproximação libera insuspeitas cargas expressivas). Essa condição obriga, via de regra, o artista ao aprimoramento de habilidade artesanais.

4. Artesanato Popular

Até agora descrevemos modos de produção de bens que respondem, grosso modo, a exigências das camadas mais altas da sociedade, em países ricos ou pobres.

Os artesanatos "populares" aparecem, entretanto, com maior densidade de exemplos nos países pobres. São os processos tradicionais de fabricação de utensílios ou objetos artísticos tradicionais principalmente na Europa, África e Ásia. Os países socialistas, de uma maneira geral, protegem e incentivam estas manifestações de "arte popular" e também, de maneira mais contraditória, ocorre entre nós um fenômeno idêntico.

Entretanto, nos países americanos primeiramente, e depois em outros países africanos e asiáticos, apareceu um artesanato oriundo da reciclagem de sucata e embalagens industriais abandonadas por "inservíveis" pelos  seus primitivos possuidores. Assim, há mais de trinta anos, Augusto Rodrigues identificou lamparinas feitas de lâmpadas elétricas queimadas, ou de vidros coloridos usados de remédios. Lina Bardi organizou no Museu do Unhão, na Bahia, coleções de brinquedos, cuja característica principal é sua desvinculação aparente com modelos pré-industriais de trabalho, caracterizando, por assim dizer, uma criatividade "in statu nascendi" (aurora da humanidade). O geógrafo Milton Santos generalizou, até certo ponto, o fenômeno para todas as "economias periféricas" (circuito superior e circuito inferior da Economia Urbana).

Pelo seu caráter de "reciclagem", essa atividade guarda curiosas analogias com os processos de trabalho da "vanguarda artística" do início do século acima referida (artesanato artístico).

5. Artesanato "Educativo"

É aquele praticado geralmente por adolescentes com o fim declarado de adestrar os jovens em certas "práticas" construtivas. Os mais notados são a execução de modelos de aviões, barcos etc. Deveriam ser ampliados para a construção de modelos arquitetônicos, pois ao mesmo tempo que desenvolvem a "coordenação motora", desenvolvem o raciocínio dos jovens e a capacidade de aprender e resolver problemas da realidade cotidiana.

A origem desse artesanato é bastante recente, não havendo ainda uma reflexão consistente sobre o mesmo.

Provavelmente, inicia-se com a invenção de "blocos de madeira" para compor volumes, proposta por Fröbel, no início do século passado. Mas o que mais se desenvolveu foi esse artesanato do modelismo, para o qual há, inclusive, revistas bastante difundidas.

6. Artesanato Terapêutico

Por este termo entendemos menos as experiências pioneiras do Dr. Ozório Cezar em Franco da Rocha, ou as da Dra. Nise da Silveira em Engenho de Dentro, do que certas atividades desenvolvidas por senhoras da classe média, no mundo ocidental, que não se explicam nem por objetivos econômicos, artísticos, científicos ou tecnológicos. Referimo-nos aos trabalhos em agulha, que são praticados, tudo leva a crer (nunca foram mencionados, que eu saiba, por nenhum pesquisador "sério"), para restabelecer o equilíbrio psíquico esgarçado pelo estúpido trabalho doméstico usual. Esse artesanato, motivo de muitas ironias e sarcasmos, revela-nos, entretanto, que a necessidade de criar é inerente à "natureza humana". E que, sem ela, nós caminhamos inexoravelmente para um mundo enlouquecido. Também nessa categoria inscrevem-se aquelas atividades de "lazer criador", desenvolvidas inicialmente nos EUA. nos finais do século passado (como aliás também todos os cuidados populares com o "lar" e aprimoramento das áreas de serviços das casas — ver Giedion - e que tomam o nome genérico de "hobby" com sua máxima "do it yourself”. Estas atividades são muito valorizadas pelos sociólogos do trabalho, notadamente Georges Friedman, que vêem nessas atividades de lazer uma saída para o trabalho corrente cotidiano, brutalizador.

As experiências dos médicos brasileiros anteriormente citados, incentivando entre loucos atividades "artísticas", parece-me um caso extremo desse artesanato terapêutico.

Histórico

A palavra "artesanato" é de introdução recente na língua. Tudo indica que os dicionários começaram a registrá-la a partir de Antenor Nascentes. Essa formação deriva da palavra "artesão", muito mais antiga e que designa o operário da corporação de ofícios. Entretanto, o artesanato é fenômeno moderno e que surge justamente quando o novo sistema de trabalho capitalista, quer manufatureiro, quer maquinizado, vai erodindo o anterior sistema corporativo.

E o que registra Risério Leite:

"Escreveu José Francisco Rodrigues — o correspondente francês artisanat constitui também um neologismo empregado pela primeira vez em Estrasburgo, em outubro de 1920 no jornal “La Gazette des Méttiers" por Julien Fontégne e, ao que parece, correntemente em toda a França desde 1920 tanto por juristas como por literatos”.

No Brasil há uma tendência a confundir o artesanato com a Corporação. O que é falso: o capitalismo destruiu o modo corporativo de trabalho, e criou, paralelamente, as condições para o surgimento do artesanato moderno. Assim, a célebre sequência

artesanato -> manufatura -> maquinofatura 

deve ser substituída por,

corporação -> manufatura -> maquinofatura -> artesanato

Esta compreensão do fenômeno coloca-nos em posição menos passiva perante uma realidade em permanente mutação e tem repercussões imediatas não só no domínio da Pedagogia geral, como no próprio processo de ativação cultural. Podemos discernir, com maior clareza, o que efetivamente é perempto, o que é valioso como acervo conquistado para as futuras gerações.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1. SOLLA PRICE – DEREK. A History of Technology,cap. 22, vol. Ill, "Precision Instruments: to 1.500", Oxford, University Press, 1957. e A Ciência desde a Babilônia, cap. 2, "O Relógio Celeste na Grécia e na China", trad. Leônidas Hegenberg e Octanny S. da Motta, São Paulo: EDUSP e Belo Horizonte:Ed. Itatiaia.

2. KATINSKY, Júlio R, As Máquinas e as Cidades, in Invenção da Máquina a Vapor. São Paulo: FAUUSP, 1976.

3. ROSSI, Paolo. Los Filósofos y Ias Máquinas. 1400-1700. Barcelona: Labor, 1966. (ver Artes Mecânicas y Filosofia en el siglo XVI).

4. CABRAL, Régis. A relação entre a ciência pura e a solução de problemas práticos ilustrada pelo caso da Geodésia: 1714-1765, in Ciência e Cultura. 35(5), maio, 1983.

5. ALBERTI, Leone Battista. Ten Books on Architecture, translated into Italian by Cosimo Bartoli and into English by James Leoni, cap. I, II, III, Book II. e KATINSKY, Júlio R. Um experimento com a ciência e a tecnologia nos primeiros anos do quatrocentos italiano, in Ciência e Cultura, outubro, 1982.

6. GIEDION, Siegfried. Mechanization takes command. esp. Part IV, "Mechanization encounters The Household", New York, Oxford: University Press, 1948.

7. FRIEDMAN, Georges. Où va le travail humain?, Paris: Gailimard, 1950. e FRIEDMAN, G. e NAVILLE, Pierre. Tratado de Sociologia do trabalho, trad. Octávio Mendes Cajado, São Paulo: Cultrix - EDUSP, 1973.

8. RISÉRIO LEITE. Introdução a COSTA PEREIRA, Carlos José da. Artesanato e Arte Popular, Bahia: Cadernos de Desenvolvimento Econômico. 1957.

Publicado originalmente em: Artéria, Santos, v.2  n.3, p.45-50, agosto 1991. 

 

Sobre o Autor(a):

Júlio Roberto Katinsky, arquiteto, fundador e professor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP.

Comentário do autor:

Este texto foi escrito, inicialmente, em 1981, por solicitação de Dona Eunice Ribeiro da Costa, quando a dedicada pesquisadora estava organizando seu "Thesaurus Experimental de Arquitetura", e insatisfeita com as definições e verbetes de dicionários correntes na época sobre "artesanato".

Posteriormente, em 1983, eu acrescentei algumas considerações que me pareceram necessárias para melhor esclarecimento do tema tratado. Este item, a partir de 1987, passou a participar dos congressos científicos sob o título "instrumentação".

Para esta publicação eu resolvi acrescentar alguns dados sobre "artesanato científico" no mundo luso-brasileiro

 


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