Em Medo, reverência, terror, publicado pela editora Companhia das Letras, o historiador italiano Carlo Ginzburg se debruça sobre as facetas da política na arte.
Ao longo dos quatro ensaios que compõem a obra, Ginzburg analisa o papel do medo e das paixões em diferentes obras visuais planejadas para comover politicamente o público a que se destinam.
Partindo desta perspectiva, Ginzburg discorre desde o gesto acusador de Lorde Kitchener em cartazes de alistamento militar durante a Primeira Guerra Mundial (mais tarde imitado por Tio Sam) até o vanguardismo estético e ideológico de Guernica, passando por seus antecedentes plásticos e literários na Antiguidade clássica, na Idade Média e no Renascimento.
Carlo Ginzburg nasceu em Turim, em 1939. Considerado um dos pioneiros no ramo da “micro-história”, lecionou nas universidades de Bolonha, Lecce, Harvard, Yale e Princeton e, entre 1988 e 2006, na Universidade da Califórnia, em Los Angeles. Em 2006, retornou à Itália para lecionar na Scuola Normale Superiore de Pisa, onde trabalhou até 2010.