Comentários
sônia v. de carvalho / adg brasil
24/12/2008
Considerar a Bienal de Design Gráfico da ADG equivocada é, sim, um grande equívoco. O trabalho da curadoria (nos diversos eixos curatoriais) não exclui, ao contrário, inclui os melhores trabalhos de uma produção dos 2 últimos anos, cuja inscrição foi feita por seus próprios autores, no eixo com o qual o projeto se relaciona. Claro que haverá como sempre houve, uma seleção, mas não haverá exclusão do "melhor de uma produção dos dois anos anteriores".
Eduardo Baroni
16/12/2008
wagner,
Vc certamente não é designer nem sequer conhece nenhum. Vc sabe quanto ganha um designer de uma dessas empresas que fornece para as Casas Bahia? Vc já procurou por um emprego de designer de produtos (principalmente no RJ)?
Falar que o designer de produtos tem todo o vasto mercado brasileiro para explorar é piada e de mal gosto. As coisas melhoraram muito nos últimos anos e muito por causa desses concursos e desse 1% de lojas que compram produtos feitos por designer brasileiros e por empresas brasileiras e não vão comprar produtos que são cópias de design italiano produzidas na China. Mas apesar da melhora, para ficar bom ainda há um longo caminho a ser percorrido. E, por enquanto, o designer de produtos no Brasil não tem muita opção de emprego, pelo menos não que pague um salário digno. E os que são independentes como eu, ou conseguem aparecer no mercado ou arrumam outro trabalho.
Deixo a minha sugestão a Ethel para mostrar o verdadeiro designer em uma futura matéria. Não há glamour nem paparicação nessa profissão, há muita luta para se conseguir trabalho. Temos que gostar muito dessa profissão para continuar em frente.
E ainda ouvimos comentários como os seus que nos acusam de elitistas e soberbos.
Caia na real. Ser designer na itália é difícil. Aqui é remar contra a maré.
Wagner Sato
16/12/2008
Eduardo, há milhares de produtos vendidos no mercado que não entram em concurso nenhum. essas lojas caras que vendem pecinhas de moda são nem 1% da produção. O mercado brasileiro é grande e o dessa lojas é ridículo. então, não dá para quem faz design achar que é esse o mercado e esquecer as lojas Bahia, o Ponto Frio, , a Casa&Video, as lojas Marisa.
Cristina Moura Albuquerque
15/12/2008
Creio que é um absurdo o que foi relatado dos prêmios de trabalhos inscritos e pior ainda é o Museu não ter dado uma explicação sobre isso.
parece que os designers mendigam qualquer prêmio e o que o Eduardo diz é verdadeiro: as lojas e o Museu formam um binômio. é cruel.
Mas se o Prêmio for bem feito, consegue-se construir uma fortuna crítica. Parece que não é o caso do MCB.
Eduardo Baroni
08/12/2008
Wagner,
Infelizmente não é uma questão do designer se achar artista ou não. Não culpe os designers se o mercado não procura profissionais pelo seu trabalho e sim pelo seu nome. Os prêmios ajudam na divulgação dos profissionais e de seus produtos. Assim como os carros conceito de um salão de automóveis, os prêmios são um chamariz e não propriamente um certificado de que esse ou aquele produto vão vender ou não. Há lojas que sequer olham seu trabalho se vc não tiver um prêmio do MCB.
Se vc discorda dos selecionados pelo prêmio, não culpe os designers. Estes somente querem divulgar o seu trabalho.
Wagner Sato
06/12/2008
Esses prêmios não resolvem nada. O juiz de um produto é só o consumidor, o mercado. Existem muitos premiados que nunca venderam nada, são peças de exposição. e design é produto de vendagem, não de museu. No dia que designers pararem de se tratar como artistas, vai haver mais clientes.
Júlio B. Costa
05/12/2008
Ai Ethel, acho que uma matéria sobre essa próxima Bienal poderia ser muito esclarecedora. Eu confesso que achei tudo confuso e equivocado, as categorias, o regulamento. E se alguém inscrever um trabalho em categoria errada o que acontece? Em concursos internacionais o trabalho automaticamente é redirecionado para a categoria correta pela organização. Como no regulamento não fala nada, acho que se isso acontecer: dançou. Com essa matéria, quem sabe a gente entende melhor qual é a da ADG que, diga-se de passagem, tanta gente fala mal. Fica ai uma sugestão!!!
Ethel Leon
05/12/2008
Desconheço a organização da próxima Bienal de Design Gráfico, mencionada pelo Júlio. Geralmente ela vem dando conta de rastrrar a produção bienal, além de aceitar apenas trabalhos já realizados. Tem formado júris de conhecimento público etc..
Posso falar com tranquilidade também do Prêmio Max Feffer de Design Gráfico, cuja implantação foi coordenada por mim, com claros critérios apoiados nas regras do Icograda, com prêmios generosos etc..
Daí minha visão de que a área de design de produto é bem mais confusa do que a de design gráfico.
Concordo com o Eduardo. O Salão Movelsul, até onde sei, dá prazos generosos entre entrega de projeto e realização de protótipo ou envio de produto. A organização foi mudando o regulamento, introduziu um prêmio indústria, justamente para não deixar no mesmo balaio modelos experimentais e produtos já testados e comercializados.
Creio que o debate público desses problemas é altamente salutar.
Eduardo Baroni
05/12/2008
Os critérios para design de produtos também não são muito definidos. Também os regulamentos precisam ser mais claros e enxutos.
O Prêmio Design também tem estado com os prazos de entrega dos produtos selecionados na 1a fase cada vez mais apertados, dificultando designers de regiões mais distantes de SP de participarem e, consequentemente, dando vantagem aos designers de Rio-SP.
Júlio B. Costa
04/12/2008
Ethel afirma que nos prêmios de design gráfico "as coisas parecem estar bem". Eu tenho dúvidas e a forma como tem sido tocada a Bienal de Design Gráfico da ADG, do próximo ano, parece completamente equivocada. Misturar curadoria (conceito expositivo) que visa um recorte determinado, com Bienal (mostra do melhor de uma produção dos dois anos anteriores), com concurso: seleção dos melhores trabalhos a partir de uma mostra maior, fica com cara de salada russa - e bota russa nisso! A quais "prêmios de design gráfico" essa observação acima se refere?
Envie um comentário
RETORNAR
|