Ano: IV Número: 43
ISSN: 1983-005X
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Ônibus para todos... para todos!

Marcello Montore, de Vancouver

Comparada a São Paulo, Vancouver é uma cidade relativamente pequena. A grande Vancouver, que inclui vários municípios próximos chega a 2 milhões de pessoas.

O sistema de transporte público é eficiente, e a população conta com algumas linhas do que eles chamam de SkyTrain (metrô elevado) e um sistema de ônibus expressos, isto é, que não param em todos os pontos, como os comuns. Táxis são bem mais raros e, me disseram, caros!

Tenho usado bastante o sistema público de transporte e não há como deixar de notar algumas soluções de design simples, porém engenhosas. O que notei de cara foi a falta daquele malfadado degrau para embarque/desembarque de passageiros.

O piso de entrada fica praticamente no mesmo nível da calçada, facilitando muito a entrada e saída das pessoas - principalmente as idosas. No Brasil é preciso quase um curso de escalada para entrar nos ônibus.

Porém o que mais me chamou a atenção foi a disposição das cadeiras. Um conjunto de cadeiras retráteis (ver imagem), paralelas à lateral do ônibus permite acomodar confortavelmente uma cadeira de rodas ou mesmo um carrinho de bebê (o que não é raro de ver em Vancouver).

Do lado oposto, as cadeiras (preferenciais para idosos e gestantes) também são retráteis permitindo, na ausência daqueles passageiros, acomodar mais pessoas em pé. Isso deve acontecer mais raramente, pois mesmo tendo tomado o transporte nos mais diversos horários, nunca cheguei a ver uma superlotação por aqui.

Os ônibus também mantêm aquelas alças penduradas nas barras horizontais (às vezes muito altas para pessoas de baixa estatura). Essas alças (ver imagem) oferecem segurança e são claramente uma forma de respeito com pessoas de menor estatura.

Esses cuidados, simples, no design do interior do ônibus mostram que o designer contemplou a grande variedade de cidadãos de uma localidade.

Isso é o que podemos chamar de design para todos, senão para todos, para uma maioria!

 


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