Ano: IV Número: 47
ISSN: 1983-005X
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Belo Monte para quem?

Com o tema “Belo Monte para quem?” o concurso promovido pelo Cartaz Aberto propôs aos participantes a tarefa de expressar em cartazes suas perspectivas sobre a construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, no estado do Pará.

Entre agosto e outubro a organização do concurso recebeu 83 inscrições. Os trabalhos foram avaliados por Andréa Almeida, Auresnede Pires Stephan, Catarina Bessell, Guto Lacaz e Paulo Moretto.

Segundo o júri, a maioria dos cartazes participantes questionou a real necessidade da construção da usina como uma solução positiva para o país. Alguns manifestaram uma visão patriota, outros abordaram questões ambientalistas e sociais.

Produzido por Fabiano Nicaretta, o cartaz vencedor (“O Antídoto e o Veneno”), apostou em um discurso gráfico que contempla a diversidade sócio cultural do país. O índio apunhalado pelas costas mostra como o poder econômico e político comanda as grandes decisões do país, independente das vontades e desejos do povo.

Já a menção honrosa foi concebida ao trabalho de Lucio Vaz (“Belo Monte Vazio”). Minimalista, o cartaz trabalha a semântica das linhas de alta tensão. O macaco balançando-se nos fios, sozinho, explicita a impotência e a fragilidade perante a devastação ambiental.

Os cartazes “Belo Monte pra quê?” de Vitor Morinishi e “Modificar”, de Helena Nabuco, também se destacaram na seleção por apresentarem soluções gráficas criativas sobre o tema proposto.

O autor do cartaz vencedor receberá a impressão de 500 peças que serão distribuídas para diversas cidades do país.

 


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