Composto por cerca de 6 mil documentos e 17 mil fotografias, o acervo documental da arquiteta Lina Bo Bardi (1914-1992) oferece amplo material para pesquisadores das áreas da arquitetura, design, artes visuais e história.
Desde fevereiro, o material encontra-se disponível para consultas na Casa de Vidro, localizada no bairro do Morumbi. Atual sede do Instituto Lina Bo e Pietro Maria Bardi, o espaço foi residência da arquiteta e seu marido.
O arquivo reúne extenso conjunto documental composto por manuscritos, aulas, projetos de arquitetura, fotografias, artigos, correspondências, contratos, revistas de arte e arquitetura dos anos 1940 e 1950, além de coleções raras de design gráfico da década de 1920.
O projeto de organização do arquivo durou aproximadamente um ano e meio e contou com os patrocínios da Petrobrás, CEF e FAPESP.
O programa da Petrobrás permitiu ainda que um guia online com todo o material disponível fosse elaborado, possibilitando o acesso a um banco de dados por meio do site do Instituto.
Segundo seus organizadores, a restauração da Casa de Vidro iniciada em 2007, juntamente com o processo de elaboração de um novo site e a abertura dos arquivos de Lina Bo Bardi para consulta sinalizam passos importantes na atual fase do Instituto.
Para pesquisadores, o estudo da trajetória de Lina Bo Bardi fornece elementos indispensáveis para a compreensão de aspectos relevantes da arquitetura moderna brasileira.
A arquiteta ítalo-brasileira que chegou ao país nos anos 1940 foi responsável por projetos como o MASP, o Centro de Lazer Serviço Social do Comércio (Sesc) Pompeia, o Teatro Oficina, a Reforma do Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM/SP), a revitalização do Centro Histórico de Salvador, o Museu de Arte da Bahia e a Prefeitura de São Paulo.
Lina Bo Bardi também contribuiu em áreas como museu, teatro e cinema, com a produção de figurinos e cenografias, design de móveis, joias e curadoria de exposições.