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Disegno. Desenho. Desígnio
Uma singela publicação sobre “desenho” realizada em 1975 pelo grêmio da FAU-USP, contendo ensaios de Vilanova Artigas, Mário de Andrade e Flávio Motta, serviu de inspiração para o livro organizado por Edith Derdyk.
Ela convidou autores de diversas áreas do conhecimento para refletir e escrever sobre o tema. As abordagens apresentadas em Disegno.Desenho.Desígnio refletem a diversidade do desenho, ora apresentando seus limites ora rompendo fronteiras e invadindo outros campos. Guto Lacaz, por exemplo, faz um depoimento pessoal de sua aproximação com o desenho e conclui que desenho “produz raiva, ódio mortal, sensação desagradável de incapacidade, mostra seus limites”; já Cecília Almeida Salles, professora da pós-graduação em comunicação e semiótica da PUC-SP, aborda a questão a partir dos processos de criação quando os desenhos são “peças de uma rede de ações bastante intrincada e densa”.
Ao todo são 30 textos além de uma apresentação do livro escrito pela própria organizadora. A artista plástica Regina Silveira, o fotógrafo Gal Oppido, o designer Alexandre Wollner, o videoartista Tadeu Jungle, o músico e poeta Arnaldo Antunes e o arquiteto Marcelo Ferraz são alguns dos autores que se dedicaram a tratar do desenho no universo das suas próprias práticas/dos seus próprios fazeres. Dada a extensão das abordagens e a riqueza dos textos, esse livro, recém-lançado, é uma grande contribuição à pequena bibliografia específica sobre desenho no país.
Disegno. Desenho. Desígnio
Edith Derdyk (org.)
312 páginas
Editora Senac São Paulo
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