Em Arquitetura na era digital-financeira, Pedro Fiori Arantes investiga o sentido plástico, econômico e político das novas modalidades de projeto digital e as transformações do canteiro de obras, examinando as condições de circulação, consumo e distribuição que regem a produção arquitetônica atual.
Na passagem do século XX para o XXI, mais precisamente a partir da inauguração do Museu Guggenheim Bilbao, de Frank Gehry em 1997, o cenário da arquitetura contemporânea foi tomado por um imaginário espetacular que, dando as costas à vocação social da arquitetura, acompanha a lógica do capital financeiro em sua busca pelo lucro máximo.
Na perspectiva do autor, os arquitetos que tiveram seus nomes lançados às alturas nas últimas décadas, como Gehry, Peter Eisenman, Rem Koolhaas, Norman Foster e Zaha Hadid entre outros, pautam seus projetos pelo avesso dos preceitos modernistas de racionalidade e universalidade: são as propriedades intrínsecas da forma, desvinculada do trabalho e expandida até o limite de sua materialidade, que conferem valor à obra.
Pedro Fiori Arantes nasceu em São Paulo, em 1974. Graduou-se pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo em 1999, e concluiu seu mestrado (2004) e doutorado (2010) pela mesma instituição. Atualmente é professor do Departamento de História da Arte da Escola de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).