Infelizmente, no Brasil, ainda são poucas as empresas que investem no design como fator competitivo. Para convencer os empresários, sempre muito pragmáticos, não é suficiente falar ou escrever artigos argumentando sobre as vantagens do design. Para eles é necessário mostrar exemplos concretos de sucesso.

Estratégias para a avaliação de produtividade acadêmica, baseadas meramente em números e cifras, geram uma quantidade crescente de publicações vazias de conteúdo e que não encontram leitores. Essa é a questão chave abordada por Lindsay Waters em Inimigos da Esperança: publicar, perecer e o eclipse da erudição.

Livros sobre interiores costumam ser coletâneas de imagens altamente idealizadas, edições de capa dura que reúnem de modo mais ou menos temático conteúdo semelhante ao das revistas de decoração e design. O pequeno formato, as ilustrações em p&b entremeadas ao texto, e a capa muito sóbria desse livro revelam de imediato a sua natureza reflexiva.

BiblioGráfico é livro de referência, fonte de renovação para vistas e mentes cansadas do árduo ofício de projetar de formas a objetos, como os próprios livros. e suas funções é apresentar a surpreendente produção realizada no século 20 e no início do 21 e, também, servir como orientador dos livros a serem adquiridos por profissionais e estudantes de design.

A crítica à participação do design na estratégia incessante de estímulo ao consumo tem se fortalecido nos últimos anos, vinculada à preocupação com a exaustão dos recursos naturais e a degradação ambiental. Ao condenar de modo contundente o “cinismo manipulador” do design, Deyan Sudjic se afasta do discurso oficial de promoção do design em benefício da atividade econômica, que predominou nos dois últimos séculos.