Completando cinco anos, a revista Serrote, publicada pelo Instituto Moreira Salles, apresenta série de ensaios, artigos e ilustrações.
Destacam-se na edição 18, o ensaio “Viver bem é a melhor vingança”, de Calvin Tomkins, crítico de arte e colaborador da New Yorker . Reeditado pelo MoMA em 2013, o texto foi publicado no Brasil em 1972 e estava, desde então, esgotado.
No ensaio “Por que os escritores param de escrever?”, Joan Acocella, crítica de dança e literatura, discute se o bloqueio de escritor é um conceito moderno. Na visão da autora, é provável que muitos escritores tenham sofrido para trabalhar desde que começaram a assinar suas obras, mas seria apenas no século XIX que essa inibição criativa se tornaria uma questão para a literatura.
Já o arquiteto Francesco Perrotta-Bosch, relata as duas visitas ao recém-erguido Templo de Salomão, em São Paulo, reduto imponente da Igreja Universal do Reino de Deus, para tentar entender a réplica da construção bíblica. As imagens que acompanham o ensaio são da artista israelense Yael Bartana.
Reflexões de T.J. Clark, György Lukács, Pascal Quignard, John Updike, Saulo Pereira de Mello e Maquiavel também compõem a revista. O alfabeto serrote traz verbetes de Cássio Loredano e Fernando Santoro
O ensaio visual desta edição é o trabalho “Quase aurora” do artista plástico Tunga. As aquarelas, produzidas entre 2005 e 2009, foram reunidas em livro homônimo publicado em tiragem limitada pela Galeria Milan.
Ilustram ainda a revista Henri Matisse, Giorgio Morandi, Guto Lacaz, Ana Elisa Egreja, Gerald Murphy, Man Ray, Henry Moore e David Levine.
